NOSSA SENHORA DAS DORES
Os Servos de Maria, a exemplo dos seus Sete Primeiros Pais, ao mesmo tempo em que procuram testemunhar e divulgar com sua vida e serviço os valores evangélicos, veneram com particular devoção a Virgem Maria, Mãe do Redentor e nossa Mãe.
Explica-se: Maria, pelo singular papel que desempenhou na história da salvação e por seu inigualável exemplo de vida, ao longo dos séculos, recebeu vários títulos, que são expressão do amor da comunidade cristã.
A veneração à Virgem das Dores remonta ao século XIV, mas mergulha suas raízes no próprio Evangelho e numa rica tradição espiritual. O próprio título da invocação "Virgem Dolorosa" é literalmente bíblico. Reproduz as palavras de Simeão, quando, no Templo, Maria lhe apresentou o menino Jesus: "Este menino foi colocado como um sinal de contradição. E a ti uma espada traspassará tua alma" (Lc 2, 36).
A profecia de Simeão é a primeira dor na vida de Maria. Depois, vêm outras:
2 dor: a fuga para o Egito com José e o Menino para escapar da fúria de Herodes (Mt 2, 13-14);
3 dor: a perda do menino Jesus no Templo de Jerusalém (Lc 2, 43b-45);
4 dor: o encontro com Jesus no caminho do Calvário (Lc 23, 26-27);
5 dor: sua presença ao pé da cruz de Jesus (Jo 19, 25-27a);
6 dor: quando recebe nos braços o corpo de Jesus descido da Cruz (Mt 15, 42);
7 dor: o sepultamento de Jesus (Jo 19, 40-42a)
Para meditar essas Sete Dores da Mãe de Jesus, os Servos de Maria difundiram a Coroa de Nossa Senhora das Dores, no estilo do santo Rosário, que consiste na reza de um Pai-Nosso e sete Ave-Marias após cada "dor".
Outra devoção mariana própria da Ordem dos Servos de Maria é a Via Matris, na linha da Via Sacra, que recorda e celebra o caminho de dor percorrido por Maria desde a infância do Filho até sua morte e sepultamento.